sábado, 25 de fevereiro de 2012

Música pode ser mais do que paixão, mas profissão

Começa como um hobby e pode se transformar em uma carreira. Muitos apaixonados por música decidem levar a paixão adiante e adotar a paixão como ganha pão. No entanto, não basta contar só com talento ou com a sorte. É preciso se preparar e estudar.

Essa é uma das pouca em que, para ingressar na faculdade, é necessário ter experiência - dominar o canto ou algum outro tipo de instrumento musical. Nesse sentido, assim que se inscrevem para o vestibular, os interessados já delimitam a área específica que desejam estudar caso aprovados.

Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), por exemplo, são oito tipos de habilitação: bacharelado em Composição, Canto, Regência Coral, Instrumento (piano, violão, flauta-transversal ou violino) e licenciatura em Educação Musical.

O coordenador do curso de Música da UEM, professor doutor Marcus Alessi Bittencourt, explica que a graduação é voltada para formação de músicos profissionais - habilitados para a realização de atividades relacionadas à criação e pesquisas musicais.

"Sendo assim, o foco do curso é fazer com os alunos se tornem profissionais que saibam tirar tudo aquilo que o instrumento tem de melhor a oferecer e que possam, de fato, estudar a música. É um curso que pode ser considerado difícil. Quem quiser alcançar um diferencial tem que se dedicar muito", aconselha.

Bittencourt ressalta que se por um lado só o profissional altamente qualificado se destaca no mercado, por outro, as áreas de atuação são diversas e, portanto, colocam à disposição dos músicos várias opções de trabalho. Desse modo, um músico profissional pode atuar como produtor e diretor musical, compositor, arranjador, sonoplasta e professor, entre outras possibilidades.

Da mesma forma, engana-se quem pensa que o local de trabalho do músico se restringe às salas de ensaio, ao estúdio e aos palcos. É possível que o músico profissional realize projetos para peças de teatro, televisão, cinema, rádio e para o mercado publicitário, além de desenvolver tecnologias na área.

Quando o assunto é o retorno financeiro, Bittencourt garante que a renda depende da astúcia e capacidade técnica do músico. "Se ele se sobressair e for realmente bom no que faz, certamente conseguirá um bom salário. E o melhor de tudo: desenvolvendo uma atividade que certamente lhe traz prazer", finaliza.

Fonte: http://londrina.odiario.com/empregos/noticia/545659/musica-pode-ser-mais-do-que-paixao-mas-profissao/

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

MEC distribuirá tablets para professores e alunos


O uso de tablet na rede pública de ensino vai começar pelos professores do ensino médio. A partir do segundo semestre, o Ministério da Educação (MEC) deve iniciar a distribuição dos equipamentos para 598.402 docentes.

Os primeiros da lista são os professores de escolas que já têm internet em alta velocidade (banda larga), que somam 58.700 unidades. A ideia é o computador portátil chegar a 62.230 escolas públicas urbanas.

Para o MEC, o programa tem mais chances de sucesso se o professor dominar o equipamento e o seu uso, antes de chegar ao aluno. “A inclusão digital tem que começar pelo professor. Se ele não avançar, dificilmente a pedagogia vai avançar”, disse o ministro Aloizio Mercadante. Cursos de capacitação presencial e à distância vão ser oferecidos ao professor, assim que o aparelho começar a ser distribuído.

Com o tablet, o professor poderá preparar as aulas, acessar a internet e consultar conteúdos disponíveis no equipamento - revistas pedagógicas, 60 livros de educadores, principais jornais do país e aulas de física, matemática, biologia e química da Khan Academy, organização não-governamental que distribui aulas on-line usadas em todo o mundo.
As aulas preparadas no tablet, segundo o ministro, serão apresentadas por meio da lousa digital, espécie de retroprojetor combinado com computador, que muitas escolas já usam desde o ano passado. No decorrer de 2011, foram entregues 78 mil desses equipamentos.

Para o ministro, a tecnologia do tablet, em que os comandos podem ser acionados por meio de toques na tela, é mais “amigável” para leitura e acesso à internet em comparação a outros computadores.

Com a novidade, Mercadante espera também tornar a sala de aula mais atrativa para os adolescentes. “O ensino médio é o grande nó da educação. Os indicadores não são bons e a evasão escolar é alta. A escola não está atrativa para o jovem. Esses equipamentos fazem parte do esforço para melhorar o ensino médio”, diz.

Fonte: Estadão.Com.Br (disponível em http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,primeiros-a-receber-tablets-serao-professores-anuncia-mec,830914,0.htm)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Músicos Atuantes no Âmbito da Saúde

Muito se comenta sobre o aumento da população de idosos no mundo, fato que ocorre pela própria melhoria na qualidade de vida das populações. Também, é fato que a sociedade ainda não consegue lidar com essa população e, muitas vezes, encontram na prática do asilamento uma forma de "se livrarem do problema”. Os idosos que se encontram em tal estado de negligência tendem a piorar ainda mais seu estado de saúde, já que o convívio social, familiar e íntimo são essenciais para que o indivíduo consiga vitalidade e qualidade de vida.

É nesse contexto que o projeto dos Músicos Atuantes no Âmbito da Saúde trabalha, criando na cultura um espaço onde todos os envolvidos com as instituições de longa permanência possam se comunicar e interagir, recriando assim os laços tão necessários para que a qualidade de vida dos idosos melhore ou seja mantida. Este projeto ocorre em Portugal e na França e, infelizmente, não são é muito difundido no Brasil. Com esse trabalho, os músicos conseguem atingir o objetivo de oportunizar uma vida mais socializada e, mesmo que seu objetivo não seja terapêutico, é visível a melhora dos indivíduos que entram em contato com o trabalho dos músicos.

Esse estudo permitiu o entendimento de que a experiência dos músicos atuantes junto aos idosos institucionalizados se traduz pela busca livre do exercício desta atividade, aliada à busca consciente do relacionamento interpessoal e da intencionalidade expressa no discurso coletivo que resultam no comprometimento profissional, social e humano dos músicos participantes.

A comunicação mais profunda é um desafio, embora às vezes permeada por sentimentos de impotência (e até mesmo de frustração) representadas pelas dificuldades inerentes ao processo; quando a relação Eu-Tu acontece, desencadeia nos músicos emoção e sentimentos de felicidade, afetividade e até mesmo de gratidão, pois reconhecem que o encontro, mediado pela música, possibilitou o seu crescimento pessoal, agregando valor à sua vida. Práticas como esta evidenciam que a música possui uma utilidade prática que não lhe é comumente atribuída dentro da sociedade: a de melhoria da qualidade de vida.

A percepção dos idosos, assim como de familiares/acompanhantes e dos profissionais de saúde envolvidos merecem ser investigadas de forma a compor de forma mais abrangente a especificidade da atuação dos músicos nos hospitais.