Espera... o que é isso? Batimentos cardiacos, respiração, passos, chaleira, canto dos pássaros, motosserra, lavadoura de roupas? São apenas alguns dos sons que compõem a base da suíte que Lenine batizou de Chão. Suíte pois os sons cotidianos interligam todas a músicas do álbum e criam uma bela e sensível percussão. "No início, havia apenas a palavra e meu principal significado para chão: tudo aquilo que me sustenta. "Chão, quase uma onomatopeia do andar – que soa nasal e reverbera no corpo todo”, diz Lenine, pontuando como construiu o nome para o seu décimo disco.
O disco traz ainda o violão leniniano com sua forte percussão e sua sujeira, como o próprio músico o denomina. As músicas ainda trazem todo o hibridismo entre o regional e o mundial, o folclórico e o high-tech, todas marcas do compositor pernambucano.
Logo na capa do álbum, todo o sentimentalismo envolto no novo trabalho se resume: uma foto retirada do álbum da família. “É meu neto. Ele estava dormindo sobre mim. Corrobora este significado de sustento porque, naquele momento, eu era o seu chão”, diz Lenine.
Chão também conta com a participação de Bruno Giorgi, filho de Lenine, que colaborou com a criação e gravação dos sons cotidianos que aparecem por todo o disco.

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